1º de Maio em tempo de pandemia

As comemorações do 1º de Maio foram marcadas este ano pelo distanciamento social e as máscaras para evitar a expansão do coronavirus, mas ainda assim, nas praças habituais de Portugal, com destaque para a Alameda D. Afonso Henriques em Lisboa e Avenida dos Aliados, no Porto.

As comemorações do 1º de Maio foram marcadas este ano pelo distanciamento social e as máscaras para evitar a expansão do coronavirus, mas ainda assim, nas praças habituais de Portugal, com destaque para a Alameda D. Afonso Henriques em Lisboa e Avenida dos Aliados, no Porto.

O principal discurso do dia foi pronunciado pela secretária-geral da CGTP-IN, Isabel Camarinha, na Alameda que, em primeiro lugar saudou «os trabalhadores que estão na primeira linha da resposta ao surto, dos que no SNS, nos organismos da proteção civil, na recolha e tratamento de resíduos, nas forças de segurança, no sector social, na agricultura e no comércio, na indústria e nos serviços, dão o seu melhor para garantir bens essenciais à nossa vida».

Depois de saudar os trabalhadores que nas empresas ou em casa continuam a exercer as suas funções e também os sindicatos, estruturas da central sindical e os dirigentes, delegados sindicais, activistas que ali se encontravam em representação, disse que o «tempo que vivemos comprova a importância fundamental do trabalho e dos trabalhadores. Os trabalhadores estão na linha da frente da resposta na saúde e no funcionamento da sociedade. A CGTP-IN, os sindicatos do movimento sindical unitário, estão na linha da frente da defesa dos direitos dos trabalhadores».

A CGTP-In estava a assinalar os 130 anos do 1º de Maio em Lisboa e mais 23 localidades do nosso país, por direito e por dever, na rua e «garantindo as medidas de protecção da saúde e distanciamento sanitário, como está aqui bem visível nesta nossa iniciativa, e estamos na rua para afirmar o direito ao trabalho, o direito que cada trabalhador tem a ver garantidas condições de vida dignas, quer em termos de protecção da sua segurança e saúde, quer em termos de horários e salários», nas palavras de Isabel Camarinha, como que a responder às críticas de dias anteriores sobre a forma como assinalava a data.

«Estamos na rua, por direito e por dever, para com aqueles que representamos e que enfrentam uma brutal ofensiva, que estão a ser sujeitos ao aproveitamento que alguns fazem do vírus para acentuar a exploração, que têm na precariedade do vínculo laboral um elemento de instabilidade permanente das suas vidas. Estamos na rua por direito e dever, para denunciar a apropriação por parte do capital de uma parte significativa da riqueza nacional, da riqueza que criamos com o nosso trabalho e para afirmar o direito a organizar, unir e juntar a força dos trabalhadores, conquista indelével de Abril que consolidámos há 46 anos, no 1º de Maio de 1974! Alguns queriam calar-nos. Mas não nos calamos!», concluíu.

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jestevaocruz

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