Agricultores em luta por melhor vida no setor

Agricultores em luta por melhor vida no setor

Manifestação bloqueando estrada com bandeira portuguesa.

Lutas dos agricultores prosseguem mais a Norte, em busca de respostas urgentes do Governo que vai entrar em vídeoconferência da ministra da Agricultura.

Uma série de protestos e cortes de estradas em todo o País, procurando chegar às áreas de fronteira, onde o outro lado enfrenta problemas de natureza comum, sacudiu Portugal de norte a sul, por iniciativa do Movimento Cívil de Agricultores, que procurou sacudir a inércia com que a agricultura portuguesa vai definhando e só ainda não caiu de todo, porque o desastre vai sendo atamancado por subsídios.

O que derramou a taça foi o fim de um subsídio, apesar dos 500 milhões para a agricultura anunciado dias antes pelo Governo que, talvez temesse um levantamento deste tipo.

As reivindicações caseiras, pacíficas e ordeiras, que cortaram estradas, mas procuraram facilitar corredores de escoamento aos utentes, terminaram ao fim da tarde com um comunicado do ministério da agricultura, a abrir linhas de crédito sem juros e a repor subsídios com intenção de corte.

Mas estes protestos em Portugal, são parentes dos protestos dos agricultores europeua e estão relacionados com as preocupações sobre os acordos comerciais entre a União Europeia e o Mercosul (Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai), onde há o receio de que a importação de produtos agrícolas desses países possa prejudicar a produção local, devido à concorrência desigual em termos de normas ambientais, sociais e de segurança alimentar.

Os agricultores estão a pedir garantias e medidas de proteção para o setor agrícola local antes que esses acordos sejam implementados, pare se ter uma visão mais geral que abrange os 27 países da União Europeia.

Se forem implementados sem as devidas salvaguardas, poderá haver uma pressão significativa sobre os preços dos produtos agrícolas locais e sobre a sustentabilidade das práticas agrícolas europeias. Além disso, eles temem que a concorrência desleal possa levar a uma perda de empregos no setor agrícola.

Fraca participação no Algarve

Foi a fraca participação impediu a realização da marcha lenta que os agricultores algarvios tinham previsto fazer entre Faro e Castro Marim, tendo apenas sido efetuado um trajeto por autoestrada entre Faro e Tavira, segundo a agência de notícias Lusa.

Convocada para o estádio do Algarve, no Parque das Cidades Faro-Loulé, às cinco da manhã, tinha a partida para Castro Marim, pela Estrada Nacional 125, prevista para asseis horas de ontem, mas o grupo de cerca de 15 participantes apenas saiu de Faro rumo a Tavira, pelas 8h30.

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jestevaocruz

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