A época balnear está a chegar ao fim. Embora os dias ainda estejam quentes e a temperatura da água moderadamente amena, o Outono começa a dar sinais de se querer instalar.
Uma das queixas recorrentes dos banhistas, em especial os não naturais do Algarve, tem a ver com a presença das algas marinhas. Uns, por receio de poder contrair alguma doença de pele em contato com elas, outros pela opacidade que elas criam.
Porém o mar não é uma piscina, onde as águas são límpidas e cristalinas e é às vezes necessário um pouco de mais de esforço para encontrar os locais onde tal acontece.
Para a Agência Portuguesa do Ambiente, as algas presentes nas praias do Algarve não afetam a qualidade das águas balneares, nem representam qualquer perigo para os banhistas, sendo a alta concentração de algas observada em várias praias do Algarve considerada uma situação normal e recorrente.
A Agência entende que fenômeno natural se tornou cada vez mais frequente devido às mudanças climáticas, aos ventos que sopraram de sudoeste, às correntes marítimas e ao aquecimento da água do mar.
Para quem frequenta as praias, pode tornar-se desagradável o acúmulo de grandes quantidades de algas, nativas ou invasivas, a provocarem desconforto e receio.
Sabe-se que as autoridades, em muitos municípios se esforçam por retirar as algas depositadas pelas marés nos areais, trabalhos que tem de se fazer durante os períodos em que não há gente nas praias e o ciclo das enchentes não afeta tal trabalho.
O fenômeno está monitorado pela APA, garante a entidade que analisa diariamente a qualidade das águas balneares, e nenhuma contaminação causada por algas foi detectada até o momento.
Anota a APA, que as algas marrons e vermelhas, típicas dos fundos marinhos rochosos, são mais comuns no oeste do Algarve, enquanto as algas verdes são mais abundantes no leste do Algarve