Bacia do Guadiana ainda com défice de água

Bacia do Guadiana ainda com défice de água

Guadiana - trecho

A água que choveu da Berenice fará a cama para encher as barragens com as próximas chuvas.

Segundo o sistema de informação espanhol Sira Guadiana, o conjunto de barragens da Confederação Hidrográfica do Guadiana armezenavam, esta semana, à data de 15 de Outubro, 3.701,67 hectómetros cúbicos de água, tendo subido apenas 0,12%.

Estão agora a 38,98% da capacidade total, mas ainda a menos 7,05% da média dos últimos dez anos.

Portanto, a tempestade Berenice, com estas primeiras precipitações, desempenhou «um papel fundamental na humidificação do terreno e na otimização da escorrência, o que proporciona o aporte de água às barragens em episódios posteriores de chuva.»

Analisando a gestão da água em tempos de escassez, na província de Huelva, o jornalista Jordi Landero, afirma, na edição de hoje do Huelva Información que ela enfrenta um desafio crítico com a gestão dos seus recursos hídricos.

A região, conhecida pela sua agricultura próspera e indústria, tem lidado com uma severa escassez de água que levou a Comissão de Gestão da Seca da Demarcação Hidrográfica Tinto-Odiel-Piedras-Chanza a tomar medidas drásticas para garantir a sustentabilidade hídrica.

Recentemente, a Comissão decidiu manter a redução de 25% no fornecimento de água para irrigação agrícola e uma redução real de 5% para uso industrial.

Esta decisão foi tomada após uma avaliação cuidadosa da situação atual e foi recebida positivamente pelas comunidades de regantes da província, representadas pela associação Huelva Riega.

A medida reflete um esforço coletivo para adaptar-se à realidade da escassez de água e destaca a importância da colaboração entre agricultores, indústrias e autoridades para enfrentar os desafios ambientais.

A situação de escassez severa em Huelva também afeta o uso urbano de água, com a ativação de planos de economia de água nas Unidades de Demanda Urbana.

O objetivo é alcançar uma redução de 5% no abastecimento urbano, estabelecendo um consumo máximo de 237 litros por pessoa por dia. Essas restrições são vitais para garantir que a água continue disponível para todos os setores durante períodos de seca prolongada.

As chuvas recentes foram recebidas com otimismo, mas reconhece-se que não são suficientes para reverter a situação das reservas de água.

É um lembrete de que a gestão eficiente da água é uma responsabilidade contínua que requer vigilância e adaptação constantes às condições climáticas e hidrológicas.

O caso de Huelva é um exemplo da necessidade de políticas de gestão de água que sejam flexíveis e adaptáveis às mudanças ambientais.

A colaboração entre diferentes setores e a implementação de medidas de economia de água são essenciais para garantir a resiliência das comunidades frente às adversidades climáticas.

A medida adotada pela Comissão de Gestão da Sequía é um passo na direção certa, mostrando que, mesmo em tempos de crise, é possível gerir os recursos naturais de forma sustentável e responsável, afirma-se.

Guadiana

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