Nas antigas instalações onde funcionou a Gráfica do Sul, em Vila Real de Santo António, a Cannprisma já investiu também no seu próprio laboratório de extração de 5000 m2 em instalações e equipamento
Esta empresa algarvia é uma das cerca de 20 licenciadas, segundo o Observatório Português de Canábis, embora a cofundadora Elsa Pereira, em entrevista ao Dinheiro Vivo aponte para um número possivelmente maior devido às múltiplas licenças que a própria Cannprisma detém.
A firma já investiu aproximadamente 25 milhões de euros, parte deste montante proveniente de fundos europeus, como o programa CRESC Algarve 2020, para desenvolver estufas de alta segurança e laboratórios farmacêuticos com tecnologia avançada, visando iniciar a sua produção em junho de 2024 com a expectativa de colher entre três e seis toneladas de flor de canábis seca.
O processo de estabelecimento, segundo a fundadora revelou-se, complexo e demorado, envolvendo quase três anos «apenas para a instalação do complexo de produção».
Elsa Pereira descreve àquele jornal o desafio de navegar por múltiplos licenciamentos e a colaboração com diversas entidades, desde ministérios ao Infarmed e autoridades policiais.
Atualmente, a empresa possui sete estufas dedicadas ao cultivo de várias estirpes de canábis, adequadas para diferentes patologias, ocupando um complexo de nove hectares em Castro Marim, equipado com instalações de alta segurança.
A Cannprisma espera alcançar um volume de negócios significativo em seu primeiro ano de produção e também planeia expandir a sua atuação para o segmento de óleos de canábis até 2025.
A iniciativa visa atender a uma gama mais ampla de pacientes, incluindo crianças pequenas e idosos, que podem enfrentar dificuldades com a vaporização.
Com uma equipe de sócios-fundadores especializada e uma estratégia de investimento contínuo, incluindo a possibilidade de concorrer a programas do Algarve 2030, a Cannprisma se posiciona como uma empresa inovadora e integral na cadeia de valor da canábis medicinal, buscando oferecer soluções e produtos diversificados para cultivo, distribuição, fabricação e pesquisa.
“Entretanto, a Cannprisma já investiu também no seu próprio laboratório de extração – 5000 m2 de instalações e equipamento state-of-the-art em Vila Real de Santo António.”