Essa inovação representa um salto significativo em relação às baterias comumente encontradas no mercado, principalmente para veículos elétricos.
O foco da investigação estava em criar um sistema com assimetria entre carga e descarga: carregamento ultrarápido e descarga gradual. Para isso, analisaram a velocidade das reações químicas comparada à mobilidade de determinados compostos essenciais.
O elemento indium emergiu como um metal promissor devido à sua rápida movimentação e baixa cinética de reação superficial, possibilitando cargas velozes e descargas lentas.
«Desejamos projetar eletrodos que funcionem em sintonia com nossa rotina diária», explica Shuo Jin, autor principal do estudo. «Precisamos de dispositivos que carreguem rapidamente e durem por longos períodos. O índio mostrou-se um excelente candidato, podendo ser combinado com diversos materiais catódicos para criar uma bateria de carga rápida e descarga lenta».
Apesar dos resultados animadores, a bateria possui limitações. O índio é um metal pesado, o que restringe o seu uso em determinadas aplicações. Os pesquisadores acreditam na possibilidade de encontrar ligas com propriedades similares, mas sem esse inconveniente, tornando-se verdadeiras candidatas às baterias do futuro.
Esse avanço poderia revolucionar o transporte elétrico, minimizando «ansiedade de alcance» – a preocupação com a autonomia dos veículos.
«A ansiedade de alcance é o maior obstáculo à eletrificação dos transportes, superando até mesmo questões de custo e capacidade das baterias», afirma o Professor Lynden Archer, líder do projeto. «Com carregamento de 5 minutos para um veículo elétrico, não seria necessário uma bateria gigantesca para 483 quilômetros de autonomia. Poderíamos reduzir o tamanho e o custo das baterias, facilitando a adoção generalizada dos EVs»-
O estudo completo foi publicado na revista científica Joule.