Uma década de anos secos, a fazer com que os sistemas agrícolas extensivos do Sul do Baixo Alentejo, fundamentalmente os de sequeiro, enfrentem, no curto prazo, sérios problemas de viabilidade, podendo comprometer, num futuro relativamente próximo, a sua continuidade, é a motivação para o debate a realizar na vila alentejana, banhada pelo rio Guadiana, de curso cada vez mais minguado.
Estará em avaliação, para o cálculo de medidas a tomar, «o potencial lesivo que esta situação encerra, não só para estes sistemas de agricultura, mas também para os territórios em que estão implantados, aconselha uma reflexão profunda acerca das principais dimensões do problema e das eventuais soluções, desde a agronómica e a hidrológica, passando pela social, económica e territorial, até – e com particular destaque – à política agrícola».
A conferência pretende ser o primeiro passo de um processo de construção de soluções que permitam às explorações agrícolas destas regiões responder ao quadro climático atual, mantendo um tecido produtivo que, além da função económica, contribua para a estruturação social e territorial desta fatia significativa do território nacional, anunciam os promotores.