Em Portugal, várias localidades do Algarve e do Alentejo registraram inundações, quedas de árvores e danos em infraestruturas públicas e residenciais.
Neste momento de dificuldades, os especialistas chamam a atenção que a primeira função das barragens é a regularização dos caudais dos rios. A água que os rios aportam ao mar é essencial à alimentação do ecossistema que garante à Humanidade o sustento com recurso aos mares.
Diversas estradas foram bloqueadas temporariamente, complicando o trânsito e causando transtornos para os moradores.
No Algarve, localidades como Faro e Portimão enfrentaram enchentes em áreas urbanas, prejudicando o comércio local e afetando residências.
No Alentejo, municípios como Beja e Évora também foram impactados, com relatos de interrupções temporárias de energia em algumas áreas.
Os serviços de proteção civil e bombeiros responderam a diversas ocorrências para garantir a segurança dos residentes.
Na Andaluzia, a depressão trouxe episódios de chuva torrencial especialmente em regiões como Huelva e Sevilha.
Alagamentos urbanos causaram transtornos nas áreas centrais e nos transportes, com algumas estações de metro temporariamente fechadas em Sevilha. As autoridades locais atuaram para mitigar os danos e garantir o retorno seguro às atividades normais.
Testemunhos:
Desta situação, apresentamos testemunhos significativos recolhidos por habitantes locais da área territorial a que nos dedicamos principalmente, começando pelo esclarecido depoimento de Rosa Dias que aborda causas e consequências da fúria destes fenómenos naturais.
Citamos Rosa Dias:
Há 16 anos aqui e nunca tinha subido tanto. Está ou esteve (🙏) a 4cm de alagar uma das casas.
Não só a chuva foi muita como a hora exacta coincidiu com a maré cheia de lua cheia e com o rio guadiana cheio de água de descargas espanholas.
As linhas naturais de drenagem pluvial para o sapal de Castro Marim estavam já saturadas, e o próprio sapal cheio de água da maré.
As linhas do interior não tinham para onde escoar e transbordaram para pomares, estradas, campos, etc.
No nosso caso rebentaram com um muro de contenção que tinha feito o meu bisavó há mais de 100 anos, e inundaram o nosso figueiral novo, plantado em 2015.
Nunca tinha visto a água galgar a linha do comboio, está 2,5m sobrelevada face ao fundo do curso de água… mas a força foi muita.
Não há fome que não dê em fartura. A nossa barragem já encheu e assim ficará até ao Verão.
E depois ainda dizem que não chove suficiente para justificar a construção da barragem da Foupana. Epá voltem para a escola aprender geografia, algo falhou aí.
Veja no Facebook de Rosa Dias
Amigos de Tavira:
Imagens poderosas da torrente das águas no Rio Gilão.
Arenilha TV
Neste vídeo pode ver que a Praia Pluvial Pego Fundo ficou submersa.