O serviço passará a encerrar no período noturno, entre as 00:00 e as 8:00 horas e todas as quintas feiras. O hospital está entregue à Santa Casa da Misericórdia de Serpa desde 2014 e por um período de 10 anos, ao abrigo de um contrato tripartido estabelecido entre a entidade, a Administração Regional de Saúde do Alentejo e a Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (ULSBA).
Segundo afirma aquele Grupo Parlamentar, a Misericórdia de Serpa tem revelado «imensas dificuldades de cumprir o que foi definido no acordo de cooperação». Em outubro de 2017, acabou mesmo por denunciar o referido acordo de gestão, num processo que culminou na assinatura de uma adenda ao protocolo.
Em 2021, referem os deputados comunistas João Dias e Paulo Santos, foram vários os dias em que a administração do hospital de São Paulo decidiu, unilateralmente, pelo encerramento do serviço de urgência, deixando a população sem acesso a este serviço e a situação agravou-se esta semana com o anúncio deste encerramento.
Os deputados do PCP consideram que a Santa Casa da Misericórdia de Serpa «está claramente a violar os deveres a que está obrigada, revestindo-se numa clara perda de qualidade do serviço prestado e redução do acesso aos cuidados de saúde a que a população tem direito, mais ainda quando o país se depara com uma situação epidémica onde o caminho é o de reforço das respostas em saúde e não a sua redução».
Para aquele partido o que deveria estar a acontecer era o reforço da resposta do Serviço Nacional de Saúde, mediante a «contratação de profissionais em falta, de mais investimento em equipamentos e meios materiais para prestar cuidados de saúde de qualidade”.
No requerimento, o PCP considera que o caminho do Hospital de São Paulo é o da sua reversão para o Ministério da Saúde, tal como previsto no referido acordo e questionam o Governo se governo estaria disponível para reverter a sua gestão.