O Golpe e Estado que depôs o presidente eleito no Níger, na sequência de uma série de conflitos em zonas ricas em minérios na África SubSaariana, representa um desafio para a França, que tem toda a sua energia praticamente dependente do urânio extraído naquele país.
A situação encontra-se em desenvolvimento e parece existir uma intenção por parte de França e da Nigéria de intervir militarmente. Esta ingerência nos assuntos internos do Níger já causou a oposição clara do Mali e do Burkina Fasso e mau estar em países africanos vizinhos.
O golpe acontece numa ocasião que tem sido apelidada de Descolonização 2.0, o que significa que os países africanos, para além da independência política dos antigos países colonizadores, estão a tentar alcançar a independência económica, com a administração própria dos seus recursos.