«Estas publicações, que fisicamente se encontram dispersas por todo o país, muitas vezes pouco acessíveis e em elevado estado de degradação ou até em risco de perda, vão estar reunidas, preservadas do ponto de vista do conteúdo e disponíveis a qualquer pessoa, em qualquer lugar e de forma gratuita» explica Salomé Horta coordenadora técnica da Biblioteca da Universidade do Algarve e coordenadora executiva do projeto.
A Hemeroteca Digital do Algarve resultou de uma ideia de Luís Guerreiro, cofundador e primeiro presidente da Fundação Manuel Viegas Guerreiro. Foi apresentada a votação no âmbito do Orçamento Participativo de Portugal de 2017 (OPP2017), tendo sido a ideia mais votada na região algarvia (703 votos). A sua concretização permite reunir, num único ponto de acesso, uma coleção que se encontra fisicamente dispersa por várias bibliotecas, arquivos e museus de Portugal.
Para a coordenadora executiva do projeto, «nesta publicação está expressa a história do Algarve, os jornais são fontes de informação importantíssimas na investigação da história dos factos, mas também da história social, económica, dos lugares e das pessoas».
A UAlg executou o projeto no âmbito de um protocolo assinado com a Direção de Cultura do Algarve. A Biblioteca da Universidade coordenou o projeto e contou internamente com a colaboração dos Serviços de Informática.
«Contamos também com a colaboração das várias instituições e particulares detentoras dos jornais; com a parceria da Biblioteca Nacional de Portugal que assumiu os trabalhos de digitalização da sua coleção (a maior) e das coleções provenientes dos outros parceiros; com duas empresas na área do design e software que desenvolveram o logotipo, a página web e a base de dados que suporta esta coleção», explica Salomé Horta.
A Hemeroteca está alojada no domínio UAlg, é a partir daqui que estará disponível. A UAlg responderá pelo funcionamento e irá fazer a sua gestão futura.