Este fenômeno ocorre quando a água salgada do mar infiltra os sistemas de drenagem, afetando a qualidade da água que deveria ser reutilizada para fins agrícolas e de irrigação, como é o caso nos campos de golfe, em Castro Marim.
A Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de Vila Real de Santo António, é uma infraestrutura vital na gestão de recursos hídricos da região e encontra-se no centro desta problemática.
A salinidade elevada nas águas residuais provenientes das redes dos municípios de Castro Marim e Vila Real de Santo António tem limitado a capacidade de reutilização da água a apenas 30% do inicialmente previsto. É um revés significativo nos esforços para combater a seca que assola o Algarve, uma região que depende fortemente da eficiência hídrica.
Os trabalhos de diagnóstico estão em curso para identificar os pontos críticos onde ocorre a intrusão salina. Com o uso de tecnologia avançada e câmaras de vídeo, as entidades gestoras das redes de abastecimento buscam soluções para mitigar este problema. A situação é complexa, pois a salinidade não é removida no processo de tratamento de águas residuais, o que exige uma abordagem multifacetada para resolver a questão.
A Águas do Algarve, responsável pela gestão dos recursos hídricos na região, reconhece a gravidade do problema e está a trabalhar em conjunto com as câmaras municipais e outras entidades para delinear intervenções corretivas. Estas ações são cruciais não só para os campos de golfe de Castro Marim, mas também para garantir a sustentabilidade hídrica a longo prazo na região.
Além disso, a problemática da intrusão salina não é exclusiva de Vila Real de Santo António, afetando outras estações de tratamento no Algarve. Isso destaca a necessidade de uma estratégia integrada e de cooperação entre diferentes municípios e entidades para enfrentar os desafios impostos pela natureza e pelo uso humano dos recursos naturais.
O caso de Vila Real de Santo António é um lembrete da importância de proteger e gerir de forma eficiente os recursos hídricos, especialmente em regiões propensas a secas e onde a água é um bem precioso e limitado.
A resposta a este desafio será determinante para o futuro da região, tanto do ponto de vista ambiental quanto econômico, e poderá servir de exemplo para outras áreas que enfrentam problemas semelhantes.
Incapacidade de TODOS OS DECISORES, seja de que nivel ou governo forem. A questão da água no Algarve é conhecida há décadas. Transvazes ou dessalinizadoras poderão ser uma solução e não se compram nas farmácias. Levam anos a projetar e construir. Tomar decisões e implementá-las é uma incapacidade nossa como povo. Só alguns exemplos mais conhecidos; ponte 25 de Abril começou com esboços em meados do seculo 19 ( seculo dezanove); Alqueva vem da década de 1940; as circulares de Lisboa têm o traço de Duarte Pacheco ; etc etc etc. Nem para destruir: o prédio de Viana do Castelo levou quase 50 anos para ser deitado abaixo e o caso atualmente mais emblemático , como sabemos é o aeroporto que vem do tempo de Marcelo Caetano e ainda não sabemos onde será feito. Logo, soluções para água no Algarve ? Ainda morremos à sede,
Cumpts
As autoridades algarvias e governamentais, estão a realizar estudos de impacto. É muito provavel que as dessalizadoras venham a ser construídas no Algarve. Estamos atentos e informaremos em tempo.
Boa noite gostaria de saber porque razão não são introduzidas dessalinizadoras na região do Algarve.
Grata,
F.Maria Louro