Julian Assange está em liberdade, fez saber o WikiLeaks através da sua conta de Twitter (X) no dia de ontem.
O jornalista australiano, perseguido por ter revelado notícias incómodas para os interesses norte-americanos, deixou a prisão de máxima segurança de Belmarsh, depois de ter lá ter passado 1901 dias.
«O Supremo Tribunal de Londres concedeu-lhe a liberdade sob fiança e foi libertado no aeroporto de Stansted durante a tarde, onde embarcou num avião e partiu do Reino Unido», acrescentou o comunicado divulgado na rede social.
Para o organismo que se tornou conhecido pela maior divulgação de documentos classificados dos EUA – mais de 700 mil documentos sobre actividades militares e diplomáticas norte-americanas, nos quais se expunham alegados crimes de guerra no Iraque e no Afeganistão –, esta libertação só foi possível graças à campanha internacional de solidariedade em torno de Julian Assange, que «abarcou organizações de base, defensores da liberdade de imprensa, deputados e dirigentes de todo espectro político, até chegar às Nações Unidas».
Julian Assange, que faz 53 anos no próximo dia 3 de Julho, enfrentava agora um processo de extradição para os Estados Unidos e uma pena até 175 anos de cadeia, ao abrigo de uma lei que foi aprovada em 1917.