A medida foi tomada, segundo aquele Instituto devido a um um aumento considerado exponencial do número de empresas registadas para atividades de observação de cetáceos na costa algarvia nos anos mais recentes. Os números subiram em catorze anos, de 2008 a 2022 de 13 para 124, estando neste momento ativas na atividade de observação 53 empresas.
Para o ICNF o incremento da «pressão turística no Algarve, e em especial sobre as populações de cetáceos que usam esta zona costeira, coloca preocupações acrescidas de gestão, tanto do espaço como das próprias populações, face às atividades de observação turística e recreativa de cetáceos».
Por este motivo, não serão licenciadas novas embarcações para a atividade de observação de cetáceos nesta área, até à implementação de um sistema de atribuição de licenças de observação turística por concurso público, esclarece aquele organismo de proteção da Natureza.
Existem identificadas 22 espécies de cetáceos na costa algarvia que vão do boto (Phocoena phocoena), a espécie de cetáceo mais pequeno presente na costa portuguesa, à baleia-comum (Balaenoptera physalus) que pode atingir cerca de 25 m de comprimento no estado adulto”.
PAN
Em Olhão, Faro e Loulé, os representantes municipais do PAN (Partido Pessoas-Animais-Natureza) consideram a medida como um «passo importante na boa direção na proteção e preservação da vida marinha e dos seus ecossistemas».
Os representantes do PAN afirmam que, ao longo dos seus mandatos, vão continuar a promover medidas de promoção da conservação e regeneração do Parque Natural da Ria Formosa.