Apesar de ter sido considerado criticamente ameaçado no início do século, com apenas uma centena de exemplares restantes, os esforços de conservação têm dado frutos impressionantes.
Em 2023, a população de lince ibérico atingiu os 2.021 exemplares na Península Ibérica, um aumento significativo em relação ao ano anterior, que contava com 1.668 indivíduos. Este crescimento é resultado do trabalho árduo de projetos como o LynxConnect, coordenado pela Junta da Andaluzia, que reúne várias comunidades autónomas e Portugal.
Portugal tem desempenhado um papel vital neste processo, com um total de 291 linces, incluindo 53 fêmeas reprodutoras e 100 filhotes no Vale do Guadiana.
Espanha, por sua vez, viu um aumento em várias de suas populações, com destaque para a região de Andújar Cardeña, que subiu de 268 para 271 linces, e Guarrizas, de 167 para 201 linces.
Estes números são um testemunho do sucesso das iniciativas de conservação, que incluem a reprodução em cativeiro, a reintrodução na natureza e a melhoria dos habitats naturais.
A taxa de crescimento da população de linces em Portugal é particularmente encorajadora, com uma taxa de 1,88 crias por fêmea reprodutora, superior à média geral de Espanha, que é de 1,76.
A tendência ascendente da população de linces ibéricos é um sinal positivo, indicando que, com esforços contínuos e colaboração transfronteiriça, é possível reverter o declínio de espécies ameaçadas.
Este progresso não só beneficia o lince ibérico, mas também toda a biodiversidade da região, pois a presença do lince ajuda a manter o equilíbrio dos ecossistemas.
A história do lince ibérico é uma inspiração para a conservação da natureza em todo o mundo, mostrando que a dedicação e o compromisso podem levar a resultados extraordinários.
Continuaremos a acompanhar o desenvolvimento desta espécie emblemática e a apoiar as medidas que garantem a sua sobrevivência e prosperidade futura.