Também apela para aumente para, pelo menos 50% até 2030 e, numa perspetiva de mais longo-prazo, para pelo menos 90% em 2040, a meta de incorporação de energias renováveis em todo o sistema, não apenas na eletricidade.
A Zero pronunciou-se tendo em conta o Plano Nacional de Energia e Clima 2021-2030 (PNEC), cuja versão preliminar revista terá de ser apresentada à Comissão Europeia até final deste mês.
A associação também considera que a revisão que agora se apresenta é essencial para os Estados assegurarem planos mais exigentes, e pronuncia-se para que o PNEC seja «suficientemente ambicioso, para ir além das metas estabelecidas pela União Europeia e, desta forma, alinhar-se com o compromisso estabelecido pelo Acordo de Paris».
A Zero defende a promoção do armazenamento partilhado de energia renovável e a introdução no PNEC de um novo objetivo, de promoção da economia de partilha, um modelo económico em que os diferentes atores e atividades partilham recursos, diminuindo-se assim as necessidades de consumo e a pressão sobre os recursos.
Seria o caso de produção partilhada de eletricidade, ou uso comum de eletrodomésticos como máquinas de lavar roupa.
E considera que o mais importante a rever no PNEC é a suficiência e eficiência energética, que é preciso melhorar, e a segurança energética, porque as secas deverão reduzir a produção de energia hídrica, pelo que são importantes políticas que levem ao desenvolvimento das capacidades de armazenamento de energia.
No documento, a Zero pede ainda a revisão do Simplex Ambiental, para haver critérios rigorosos de sustentabilidade, a antecipação para antes de 2040 do fim da produção de eletricidade a partir de gás fóssil, começando pelo fim da central da Tapada do Outeiro, cuja licença termina em 2026), a proibição da compra de novos autocarros a gás natural e prioridade ao uso interno de hidrogénio verde, orientado para setores onde não é possível usar a eletricidade.