Moradores preocupados com habitação para arrendar

Moradores preocupados com habitação para arrendar

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Em comunicado à nossa redação um grupo de 150 moradores moradores da zona nascente de Vila Real de Santo António, manifestou-se para dar conhecimento ”de uma situação que tem gerado grande preocupação e indignação na nossa comunidade”.

Trata-se da possível aquisição pela Câmara Municipal de Vila Real de Santo António de habitações construídas “numa das áreas mais prestigiadas da cidade… condicionada à obtenção de Fundos Europeus”.

Os moradores julgam saber que a autarquia planeia ”arrendar estas habitações através de arrendamento”

As marcações do terreno continuaram sem que as suas questões tenha ficado respondidas, designadamente, se existe um projeto; se podem ver a candidatura aos Fundos Europeus e quais são os prazos envolvidos e o destino final das habitações; os critérios de atribuição; saber o impacto deste projeto na comunidade e no valor das habitações em redor, tanto usadas como construção.

Dizem defender o direito à habitação para todos e consideram que “a construção de habitação numa zona nobre, onde existe uma malha urbana qualificada, com urbanizações desenvolvidas por construtores conceituados ao longo de décadas, não é apropriada”.

Dizem acreditar que ”esta decisão pode ter um impacto urbanístico nefasto, comprometendo a estética, a qualidade de vida e o valor patrimonial da área. Além disso, pagamos taxas de IMI equivalentes às da Quinta do Lago, e questionamos a equidade desta estratégia urbanística”.

Pronunciam-se contra o “aumento da densidade populacional pode sobrecarregar infraestruturas existentes, como as estradas. O estacionamento já é limitado e pode ser comprometido sem alternativas adequadas”.

Entendem que a “construção nesta zona levará à eliminação de um parque de estacionamento central com capacidade para 1200 veículos. Este parque é crucial para residentes e visitantes, e a sua remoção sem uma alternativa viável resultará em sérios problemas de estacionamento no centro da cidade”.

Acusam a câmara municipal, quanto ao planeamento urbanístico, falta de transparência e consulta pública adequada. “Não houve uma consulta adequada aos moradores sobre este projeto e as decisões estão a ser tomadas sem consideração pelas nossas preocupações”, sublinham.

Querem garantias de que os coeficientes de IMI para as novas habitações serão justos em relação às habitações existentes. Dizem pagar as taxas de IMI elevadas para manter a qualidade e a valorização das suas propriedades, e temem que a introdução de habitações de arrendamento acessível possa desvalorizar a área.

Estão a tomar, afirmam, medidas para garantir que “as nossas preocupações sejam ouvidas e que o desenvolvimento urbano em Vila Real de Santo António reflita os interesses e preocupações de todos”

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