A Confederação Nacional de Reformados, Pensionistas e Idosos (MURPI) está a reclamar do Governo as medidas urgentes e necessárias para recuperar o atraso na vacinação contra a Covid-19, pronunciando-se ao mesmo tempo sobre o aumento das desigualdades.
O tema foi debatido na passada quinta-feira na Assembleia Geral do MURPI realizada em Lisboa, onde foram aprovadas duas moções que dão conta das inquietações relativas à pandemia e às medidas adoptadas para a combater.
«Fomos vítimas da exploração e da miséria, sofremos as consequências da Guerra Colonial e construímos Abril», e querem impedir que sejam os reformados as principais vítimas das «nefastas consequências económicas e sociais da crise» provocada pelo surto do novo coronavírus».
O MURPI afirma que, a pretexto da defesa da saúde dos mais vulneráveis, se acentuam as desigualdades e o isolamento no acesso a bens e serviços essenciais.
Numa nota positiva, a organização dos reformados, pensionistas e idosos, assinala o êxito no fabrico de vacinas em tempo recorde e o financiamento público disponibilizado pelos vários países, salientando que a descoberta «deve pertencer ao património da humanidade».
Defende a importância de continuar a luta para retomar a vida associativa, interrompida pela pandemia, e a necessidade de o Estado assegurar os apoios logísticos e financeiros que permitam reabrir as associações de reformados e os equipamentos sociais de forma segura, «permitindo o convívio e o desenvolvimento das actividades culturais e lúdicas necessárias para o reforço e a coesão dos reformados, pensionistas e idosos».
Afirmam continuar a luta pela defesa das medidas inscritas no Caderno Reivindicativo para 2021, como a valorização das pensões e rendimentos, o combate à pobreza e à exclusão social, e a luta pelo direito à saúde.