Quem olha para o mapa dos concelhos do Guadiana e vê a mancha vermelha sinónimo gráfico da infeção e sabe que as notícias apontam para que os anticorpos trazidos pelas vacinas perdem eficácia ao fim de três meses, de tal forma que se começa a equacionar uma terceira dose da vacina, não pode deixar de estar preocupado.
Neste domingo, 8 de Agosto, a abertura parece ser total. Não é exagerado dizer-se que, nas praias, a distanciação e o uso das máscaras em partidas e chegadas apenas se observa com razoável rigor nas zonas concessionadas. No vai e vem das marchas e passeios entre praias, grupos compactos de pessoas caminham, parecendo ter regressado a um período pré-pandemia.
Se é compreensível este afrouxar da vigilância em função das rigorosas medidas de confinamento desde Março de 2020, é necessário continuar a dar ouvidos aos investigadores da doença, às conclusões e a uma última informação que nos chega com credibilidade que é o facto da imunidade pelas vacinas se perder ao fim de pouco tempo.
Aquilo que se passou em Castro Marim, devido à explosão da vontade de regressar à normalidade com a realização de uma festa no Cabeço, com a presença de um número de pessoas num evento musical não autorizado, causa também consternação, ao verificarmos que a autorregulação das pessoas começa a falhar e outros acontecimentos menores em praças e ruas podeM contribuir para um agravamento da situação.
Talvez agora, devido à eficácia dos tratamento exista menos medo de morrer. Não se pode, porém esquecer que, com o pessoal médico todo concentrado na Covid-19, as pessoas deixaram de estar atentas aos números de morte das simples gripes e até já nem ocupam grades espaços noticiosos as preocupações com as mortes das estradas.
JEC /FOZ