O projeto de ciência cidadã NEMA pretende monitorizar a presença de espécies marinhas de outras regiões do globo no Algarve. O NEMA tem aumentado o conhecimento científico deste tipo de espécies denominadas não-indígenas, contando com a ajuda de algarvios e turistas que visitam a região.
Na edição deste ano, os cinco FotoBlitzs subaquáticos, que não são concurso de fotografia, mas sim fotografias para documentar a biodiversidade de um dado local, durante um curto período de tempo.
Nas últimas duas décadas, dia a NEMA, a quantidade de espécies não-indígenas tem vindo a aumentar no Algarve, sendo que algumas destas espécies são de origem subtropical e têm surgido nesta zona devido ao aquecimento das águas dos oceanos, num fenómeno conhecido como tropicalização.
O verme de fogo “Hermodice carunculata“, tal como o seu nome comum indica, é um animal que «se for manuseado sem proteção ou cuidado provoca uma forte sensação de queimadura e dor localizada que duram vários dias». Esta reação inflamatória acontece porque o verme de fogo tem uma série de sedas (pêlos brancos) ao longo do corpo que injetam na pele uma toxina que provoca dor, sensação de queimadura, e inchaço.
O seu manuseamento é extremamente desaconselhado e torna-se por isso necessário alertar a população para a sua presença uma vez que ainda é pouco conhecido em Portugal continental. Com a realização desta iniciativa, o NEMA procura alertar a população para o perigo de contacto direto com esta espécie pouco conhecida, que irá decorrer em paralelo com uma campanha de sensibilização nas redes sociais.
Para mais informações sobre o verme de fogo, para efetuar o seu registo num FotoBlitz organizado pelo NEMA, ou pré-requisitos de mergulho, deve consultar o site do NEMA ou enviar email para: NEMAlgarve@gmail.com.
Aos participantes aconselha-se ainda a leitura do guião do FotoBlitz, disponível no final da página da organização.
Esta atividade insere-se também no projeto recentemente aprovado ATLAZUL (Poctep/Interreg 0755_ATLAZUL_6_E – Impulso da Aliança Litoral Atlântica para o Crescimento Azul), em que a Universidade do Algarve é um dos parceiros e coordenadores, e que tem como objetivo explorar as novas espécies da região para fins turísticos ou introdução na gastronomia.