Aumento dos salários, negociação do Acordo Coletivo de Trabalho e a resolução de problemas internos estiveram na origem da ação de luta que mobilizou largas dezenas de trabalhadores em todo o Algarve.
O PCP afirma que estas lutas «não podem deixar de ser acompanhadas pelo PCP face ao inaceitável congelamento salarial que tem vindo a ser imposto há vários anos pelas Águas do Algarve e que contrasta com os 415 milhões de euros de lucros alcançados pelo grupo Águas de Portugal (entre 2018 e 2021) a que esta empresa pertence».
A empresa Águas do Algarve é responsável pelo abastecimento de água a toda a região algarvia, um bem fundamental para a vida das populações, e que depende do trabalho destes profissionais que não vêm os seus direitos e o seu papel reconhecidos, diz também este partido.
O PCP sublinha que a luta pelo aumento dos salários, pela valorização das carreiras e das profissões, é tão mais necessária «quanto se tem vindo a assistir ao agravamento do custo de vida, com a subida generalizada dos preços – energia, alimentação, habitação, etc. -, «corroendo os já baixos salários que são praticados em Portugal e empurrando os trabalhadores para situações de privação e pobreza».
A delegação do PCP que esteve presente nesta ação de luta contou com as presenças de Vasco Cardoso e Celso Costa, membros do Comité Central do PCP.
Por as Águas do Algarve serem uma empresa pública o PCP diz não poder deixar de responsabilizar diretamente o Governo PS pela degradação das condições de vida destes trabalhadores e que, ao impedir a valorização dos salários para combater o aumento do custo de vida, «junta-se a PSD, CDS, Chega e IL nas suas opções de favorecimento dos interesses dos grupos económicos e financeiros que apostam no agravamento da exploração e no aumento dos preços».