Portagens nas SCUT podem durar até ao fim da concessão

Portagens nas SCUT podem durar até ao fim da concessão

Autoestrada com tabela de taxas de portagem.

As vias ‘Sem Custos para o Utilizador’, SCUT foram criadas no final da década de 1990, durante o Governo de António Guterres e, mais tarde, concessionadas. Apesar das repetidas promessas eleitorais, parece muito difícil que acabem, antes do final das concessões.

Apesar de Pedro Nuno dos Santos estar a manifestar a vontade de acabar com as portagens, se o PS continuar a governar Portugal, as estradas que, inicialmente, não tinham custos para os utilizadores, passaram a ter portagens nas concessões SCUT.

Ainda ecoam as palavras da ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, proferidas em 2023, ao manifestar a opinião à agência portuguesa de notícias, Lusa, que é possível elaborar programas de redução das portagens nas ex-SCUT, mas que a abolição apenas poderá ser ponderada no final das concessões.

É que, segundo a governante, a questão da abolição das portagens nas ex-SCUT é complexa e está ligada ao término das concessões, o que reforça a convicção que, do ponto de vista jurídico, as portagens podem acabar, sem governo indemnizar as empresas que ganharam as concessões.

Deste a criação das SCUT pagas, as promessas têm sempre ficado por curtas reduções, parcialmente comidas pelas taxas de inflação, a qual, nestes casos, tende a ser pela bitola máxima da prevista.

Até à data e veremos o que segue, as regiões abrangidas são prejudicadas por este fator de extorsão da riqueza produzida em favor do grupo económico que ficou com a concessão desta autoestrada.

No caso do Algarve, o evitar do uso da via portajada, é um factor de atraso ao desenvolvimento, de agravamento da sinistralidade pela sobrecarga da EN125, perda de competitividade por parte das empresas na região e de empobrecimento das populações.

Sobre o autor

jestevaocruz

Deixe comentário

PHP Code Snippets Powered By : XYZScripts.com
×