Diz ainda aquele organismo regional que este dito reforço é no fundamental dirigido ao Aeroporto de Faro, «quando se sabe que está em curso o desmantelamento do SEF e, portanto, trata-se da substituição de uns por outros».
Considera que a decisão entra em contradição com o que o Ministro da Administração Interna afirmou na região quanto à necessidade de reforçar a polícia de proximidade e que é completamente omissa quanto ao movimento, esse sim de grande escala, de aposentações de agentes por questões de limite de idade.
O Algarve, tal como o restante território nacional, diz o PCP «enfrenta problemas relacionados com a segurança e tranquilidade das populações que são inseparáveis das políticas que ao longo de décadas têm desvalorizado as forças e serviços de segurança e os direitos dos seus profissionais».
O PCP considera que, estando a região marcada por uma forte presença do Turismo, que chega a duplicar e a triplicar durante meses a população de alguns concelhos, o efetivo existente – PSP, GNR, SEF, PJ, PM – tem-se revelado claramente insuficiente para responder às necessidades das populações.
Esta realidade, acrescentam. «convive com o arrastamento na construção e requalificação de infraestruturas muitas delas degradadas ou em condições precárias, tornando evidente que os interesses dos grupos económicos e as imposições da UE em torno do défice pesam mais para os Governos do PS e do PSD/CDS que os direitos dos cidadãos».
Para a DORAL do PCP, nesta como noutras matérias, o «Governo PS não só tem que passar dos anúncios à prática, como deve investir de facto na segurança das populações, valorizando os direitos dos profissionais das forças e serviços de segurança, incluindo os salários e as carreiras, nas instalações e equipamentos destas forças, no alargamento de facto do seu efetivo de modo a garantir uma polícia de proximidade, a segurança e tranquilidade das populações».