O concurso público decorre sobre de modelo de conceção-construção, com a elaboração do projeto de execução por parte do empreiteiro. O prazo termina na próxima quarta-feira. A obra têm um orçamento de 2,2 milhões de euros e um prazo de execução de 355 dias, adianta a empresa AdA, também responsável pelo tratamento das águas residuais.
Vai ser construída uma estufa para secagem das lamas e incluído o sistema de transporte das mesmas já desidratadas para aquela estufa, estando no processo o sistema de remoção da estufa e o transporte para galera de armazenamento, a báscula de pesagem e a integração da instalação no sistema de telegestão de saneamento da Águas do Algarve.
Segundo a AdA, a obra visa complementar a fase sólida do sistema de tratamento da ETAR de Vila Real de Santo António e adicionar uma nova etapa de secagem solar das lamas produzidas, o que permite reduzir o volume e a quantidade de lamas finais a transportar para valorização ou para aterro.
A nota destaca que a empreitada apresenta «mais-valias a nível ambiental, assegurando quer uma melhor qualidade das lamas produzidas, quer uma redução do número de transportes necessário para envio das lamas a destino final, com todas as consequências positivas inerentes a esta situação».
As lamas são consideradas um produto inevitável resultante do tratamento de águas residuais e a ETAR de Vila Real de Santo António produz anualmente cerca de 3.600 toneladas, revelaram. Este volume representa um custo anual de cerca de 121.000 euros para envio a destino final, com um teor médio de matéria seca de 21%.
O projeto tira partido das condições climatéricas da região do Algarve, nomeadamente o elevado número de dias de sol, pelo que a empresa defende que «a construção de um sistema de secagem solar de lamas que permita obter um índice de sicidade significativamente superior».