Este museu esteve, desde sempre associado ao pintor farense Carlos Porfírio, seu dinamizador e diretor nos primeiros oito anos de existência. O Museu Etnográfico Regional abriu as portas ao público em 15 de dezembro de 1962, materializando uma aposta institucional na dinamização da Cultura através da «Promoção de Museus, Arquivos e instituições culturais».
Carlos Porfírio como pintor associado a movimentos futurista nacionais e europeus, artes cinematográficas jornalista, e etnógrafo, aproveitando aquele objetivo da recém-criada Junta Distrital de Faro (Lei-n.º 2.100 de 29 de agosto de 1959), funda o Museu a partir do próprio espólio reunido durante a primeira metade do séc. XX onde se destacam objetos sobre a atividade de pesca e agricultura, mobiliário, utensílios domésticos e dezenas de peças de «arte popular».
No entanto, diz-nos a CCDR-Algarve, «seria redutor se não mencionássemos a série de quadros a óleo que o próprio concebeu para o museu sobre memórias, saberes e tradições do “povo algarvio”, bem como um conjunto de obras de pintores algarvios que pela primeira vez tiveram espaço para serem apresentados».
Ao longo destes sessenta anos muitas foram as dinâmicas socioeconómicas que foram realizadas e várias gerações passaram ou visitaram as suas instalações, adaptadas aos tempos presentes já no início do séc. XXI dando-lhe uma nova visibilidade social, o que tem permitido preservar o espírito conceptual do seu fundador, mas ao mesmo tempo evidenciar uma nova modernidade na compreensão e sensibilização, sobretudo as gerações mais novas que diariamente atravessam as suas portas e descobrem que a sua história não começou nos seus pais.