Este pedido foi naturalmente influenciado pelo «trágico episódio ocorrido recentemente, na praia da Lota, onde um homem de 58 anos faleceu devido a uma paragem cardiorrespiratória, enquanto a VMER mais próxima estava a 45 minutos de distância».
Álvaro Araújo, realçou na sua nota «a premência de uma resposta pré-hospitalar efetivamente rápida em situações críticas», tendo em conta «a demora e a distância a que se encontrava a VMER».
Recorde-se que, no caso em apreço que despoleta este pedido da autarquia vila-realense, foi a intervenção de nadadores salvadores e outros banhistas no socorro e prestação de assistência à vítima até à chegada de uma ambulância com Suporte Imediato de Vida, que transportou o homem até ao Serviço de Urgência Básica de VRSA, onde foi decretado o óbito.
O presidente reforça que «a autarquia compreende as explicações prestadas pelas entidades oficiais e acredita que tudo foi feito, em função dos meios de resposta que estavam disponíveis naquele momento, para evitar este desfecho trágico. Mas, esta situação veio realçar a imperiosa necessidade do reforço da rede de meios de Suporte Avançado de Vida (SAV), com intervenção médica robusta, na região do sotavento algarvio e no próprio concelho».
E continua a dar a sua opinião sobre o problema do socorro local afirmando que «A responsabilidade de assegurar a segurança e o bem-estar de todos os que residem, trabalham e visitam este local é incontestável. A efetiva disponibilidade de cuidados médicos de emergência pré-hospitalar é uma componente fundamental dessa responsabilidade». lembrando a responsabilidade também com visitantes e turistas, para além da obrigação permanente para com a população local.
O presidente da Câmara Municipal de VRSA diz também que «já havia alertado para esta situação antes do início da época balnear, tendo inclusivamente reunido com o presidente do Conselho Diretivo do INEM, Luís Meira, e com a presidente do conselho de Administração do Centro Hospitalar Universitário do Algarve, Ana Gomes. No âmbito dessas reuniões o autarca propôs a existência, em permanência, no concelho, de uma VMER com um médico, um enfermeiro, medicação e equipamento de SAV.»
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