Vila Real de Santo António acertou contas com fornecedores

A verba «inclui a regularização de 2.440.108 euros de dívida comercial da Câmara Municipal, desde 2016 a 2021, englobando, de igual forma, todas as obrigações comerciais de 2022, colocando assim em dia toda a conta corrente com fornecedores». Mais 900.000 euros foram fundos próprios municipais.
A câmara explicitou que foi amortizado um total de 6.787.909 euros, antecipando o pagamento de empréstimos bancários e, ao mesmo tempo, negociada com as entidades financeiras a não aplicação de penalizações pela antecipação. «Relativamente à amortização de empréstimos, foi pago, em 2022, um montante superior aos exercícios de 2020 e 2021 juntos (6.672.755 euros)».
Em abono da sua gestão, Álvaro Araújo, presidente da câmara municipal, esta é «a maior amortização efetuada desde 2015, sem com isso ter sido utilizada qualquer receita extraordinária do Programa de Apoio à Economia Local (PAEL), do Programa de Ajustamento Municipal (PAM), ou mesmo da concessão do contrato com as Águas de VRSA».
A autarquia chama a atenção para o fato de em 2018 e em 2019, a concessão da água rendeu município duas tranches 4 milhões de euros (8 milhões no total), sendo que, atualmente, a Águas de VRSA paga uma verba mensal de cerca de 800 euros, conforme as cláusulas do contrato celebrado em abril de 2018.
A autarquia salienta que, em 2018, a dívida financeira amortizada foi de 4.511.898 euros, e, em 2019, de 4.194.493 euros, mas o atual executivo, sem receita extraordinária de PAM, PAEL, ou mesmo os 8 milhões de euros relacionados com o contrato de concessão de águas, amortizou um total de 6.787.909 euros.
As opções estratégicas para 2023, segundo o presidente «continuarão a manter a prioridade nas pessoas e na resolução dos problemas estruturais, restaurando a credibilidade da Câmara Municipal junto dos fornecedores, da banca e das entidades».