A importância dos tubarões e outros predadores
De acordo com uma reportagem publicada em Greensavers, de que deixamos o endereço abaixo, sustenta-se que Portugal está entre os países que mais tubarões e raias capturam, apoiado-se num relatório da organização conservacionista portuguesa ANP|WWF, de 2021, intitulado «Tubarões e raias: Guardiões do oceano em crise».
O nosso país é o terceiro na Europa com mais capturas desses elasmobrânquios: uma média de 4.340 toneladas por ano.
Estima-se que em águas portuguesas existam 117 espécies distintas de tubarões, raias e quimeras, que, no seu conjunto, representam 89% de toda a fauna existente nos mares da Europa e 9% de todas as espécies do mundo.
Fomos avaliar o papel que os grandes predadores desempenham no equilíbrio ecológico e soubemos que eles ajudam a manter as populações de presas sob controle, evitando a superpopulação e a consequente degradação do habitat.
Tendem a caçar os indivíduos mais fracos ou doentes, promovendo uma população de presas mais saudável e geneticamente robusta e mantêm a biodiversidade ao controlar as populações de presas, permitindo que outras espécies coexistam, mantendo a diversidade do ecossistema.
A presença ou ausência de grandes predadores pode ter efeitos em cascata em todo o ecossistema, afetando várias outras espécies e processos ecológicos. Por exemplo, a ausência de tubarões pode levar ao aumento de espécies de nível trófico inferior, que por sua vez podem sobre explorar recursos como corais e algas, resultando em um ecossistema desequilibrado.
Pesca responsável é fundamental para evitar extinção de tubarões, raias e quimeras, alerta relatório