Fernando Pessanha propõe nova data de fundação para VRSA
É esta controversa revisão da narrativa vigente que o historiador vilarealense Fernando Pessanha reiterou, ontem à tarde, no Arquivo Histórico Municipal António Rosa Mendes, à luz da descoberta de novos documentos, por parte de uma geração de novos historiadores.
Fernando Pessanha tem vindo a publicar, em livros, separatas e artigos de jornal, um acervo de documentação para corroborar a sua tese, mesmo tendo em conta os trabalhos apresentados por Athaíde de Oliveira, Romero de Magalhães ou Hugo Cavaco, considerando que a Vila de Santo António de Arenilha é não apenas a origem como vive na atual Vila Real de Santo António, sendo esta a sua reconstrução.
Assim, depois de ter consultado e reunido vasta documentação, nos últimos anos, o historiador nega qualquer dictomia entre a Vila de Arenilha e a do Marquês, que considera como a mesma realidade geográfica, afixando o 8 de Fevereiro de 1513 como a data real da fundação.
O auditório estava repleto e foram notadas as presenças da vereadora da Cultura, Conceição Pires, da presidente da Assembleia Municipal, Célia Paz e do Capitão do Porto.
Na manhã, na Avenida das Comunidades, foi descerrada uma placa em honra do Capitão Cristóvão de Mendonça, comendador de Arenilha e capitão, filho de Diogo de Mendonça, alcaide-mor de Mourão e um dos navegadores mais polémicos e controversos da história dos Descobrimentos Portugueses que aparece referido na documentação como fidalgo da Casa Real e cavaleiro da Ordem de Cristo, em 1514.