Redistribuição da diocese do Algarve com nota positiva
«A sinodalidade vem-nos dar razão, vem dizer-nos que esse é o caminho que temos que seguir, e se havia da nossa parte, da parte do clero, algum mais hesitante a esse nível, que nem sempre são os mais velhos, os mais idosos que resistem à mudança ou à inovação, também entre os mais novos», disse hoje D. Manuel Quintas, à Agência ECCLESIA.
Na Diocese do Algarve foi iniciada uma redistribuição, que está em fase experimental, durante o ano pastoral 2022-2023, onde passaram das quatro vigararias, conjunto de paróquias, Faro, Loulé, Portimão e Tavira , que existiam desde 27 de maio de 2007, para três regiões pastorais, A Região Pastoral do Barlavento, «à zona da Costa Vicentina», a Região Pastoral do Centro e a Região Pastoral do Sotavento, «junto ao Guadiana, de Faro para lá».
“Em cada região dividimos por centros evangelizadores, para que a partir desses centros, os leigos, conhecendo-se melhor, se possam ajudar também a suprir a falha de algum serviço nas paróquias ou quando falta o pároco, mas alargando ainda mais um serviço, sobretudo da celebração dominical, que queremos que não falte nenhuma paróquia”, desenvolveu D. Manuel Quintas, acrescentando:
«E isto está já a dar frutos, ou seja, os leigos envolvidos neste movimento estão a verificar que afinal podem ser muito mais participativos na sua colaboração, na sua intervenção», à margem das jornadas de atualização do clero das quatro dioceses do sul de Portugal (Algarve, Beja, Évora e Setúbal).
Segundo o bispo do Algarve, «não tem sido fácil mudar um bocadinho a maneira de ser, de estar, de fazer, de participar” na própria vida da paróquia porque muitas pessoas «estão habituados a uma atitude mais passiva», e têm «dificuldade em dar opinião».