Um peixe que pode valer 60.000 euros o quilo

Uma espécie endémica da zona do Pacífico mexicano foi confundida por pescadores do México com a corvina pescada por José Miguel, presidente do Real Club Marítimo de Huelva, de que demos conhecimento aos nossos leitores. Trata-se da «Totoasba», um peixe cujo valor ronda entre 20 e 60 mil dólares, devido às propriedades atribuídas a uma barbatana.
Os pescadores de Huelva, na página HuelvaPesca do Facebook, origem da divulgação da captura da enorme corvina no dia de Reis de que respigamos a informação para os nossos leitores, manifestam a sua satisfação por terem cada vez mais seguidores de fora da Espanha, «graças à riqueza da língua espanhola» o que fez com que algumas publicações gerassem muitos comentários sobre o nome da espécie, que, como é normal, varia em cada país.
Assim, apontam o ‘Totoaba’ (totoaba macdonaldi), «um peixe que nossos seguidores mexicanos costumam confundir com a corvina». Isso é totalmente normal já que a totoaba é parente da corvina.
E esclarecem «O totoaba é uma das espécies endêmicas da zona do Pacífico mexicano e é considerado o peixe mais caro do mundo. Custa entre US$ 20.000 e US$ 60.000 o quilo no mercado negro chinês. Esclareçamos: não a carne do peixe em si, que não tem grande interesse gastronómico, a sua barbatana natatória cozida é, aparentemente, fantástica para regular a circulação sanguínea, o que lhe dará uma pele maravilhosa e saudável e maior e melhor apetite e desempenho sexual. É o viagra dos milionários asiáticos que o compram principalmente como presente de negócios, investimento ou como dote de casamento».
Mas também relevam que «Todas essas são falsas propriedades curativas não comprovadas cientificamente». Outros nomes populares, para se referir a esse animal, são corvina, corvina branca, tambor e roncador.
Os esforços para proteger o totoaba exigiram uma declaração de defeso de 1940 a 1955 para proteger sua reprodução. Durante a década de 1970, foram estabelecidas diferentes zonas de refúgio e na década de 1990 foi proibido o uso de redes nessas áreas. A situação descrita fez com que, por vários anos, a pesca ilegal da totoaba aumentasse excessivamente, levando-a ao perigo de extinção.