Um tavirense que nunca existiu conta as suas memórias
Na mesa, estavam presentes o Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Tavira, Pedro Nascimento, Ana Cristina Matias, professora, Mariana Batista Machado, encarregada da Biblioteca da Misericórdia e o autor, Ofir Chagas.
A cerimónia foi precedida de um momento musical acústico, proporcionado por dois amigos do autor, em Vila Real de Santo António, Mírian Rodrigues e José Cruz, seguindo-se, no final da cerimónia, uma visita guiada à Biblioteca onde ficam disponíveis para consulta as obras que conformaram a biblioteca do autor.
Na análise da professora, Ana Cristina Matias, o ritmo narrativo é rápido, predomina a narração. O discurso direto é raro e a normalmente é muito bem escolhido, no sentido de ser uma afirmação de uma personagem que nos cativa. A quantidade das discrições, posso dizer que elas são são parcas, mas necessárias. Há, por exemplo, as várzeas da serra algarvia. A linguagem é clara. Há o narrar de factos históricos ou políticos relevantes para a cidade.
A solicitação de Ofir Chagas, a Igreja foi entoada com uma salva de palmas em memória de Arnaldo Casimiro Anica, tavirense a quem muito se ficou a dever, pelo seu empenhamento cultural, numa simples homenagem «a esse conceituado historiador».
Ofir Chagas fez alguns agradecimentos a pessoas que foram a base do lançamento do seu livro e afirmou que seria mesmo o último a ser publicado. Referenciou a atitude de Pedro Nascimento, Provedor da Santa Casa da Misericórdia pelo acolhimento da sua «singela biblioteca, com a consciência de que quando eu próprio desaparecer encontra uma longa existência e a utilidade que possa servir os tavirenses». Igualmente «por ter autorizado o lançamento deste livro neste histórico».
Ausente fisicamente, mas presente na obra esteve o tavirense que nunca existiu Benvindo dos Reis Correia.